Terminou ontem (9) o 7º Ebap – Encontro Brasileiro de Agências de Publicidade, realizado pela Abap, com o tema “O futuro e a rentabilidade das agências” . Fique por dentro de tudo o que rolou neste evento que aconteceu nos dias 8 e 9, no Rio de Janeiro. Inicialmente, diretores da Abap, Fenapro e Sinapro, nacionais e regionais, se reuniram reservadamente para firmar uma “Declaração Conjunta” que visa: apoio à propaganda; apoio ao Cenp; apoio às licitações públicas federais, estaduais e municipais; apoio ao Conar (defesa da auto regulamentação pela liberdade de expressão comercial); formação de profissionais; divulgação da propaganda; promoção de oficinas e cursos sobre novas mídias, licitações e legislação de direitos autorais; melhor gestão dos negócios, fortalecimento dos mercados regionais e construção de uma indústria forte.
Após abrir oficialmente o Ebap com um discurso sobre o bom momento econômico do País, Luiz Lara, Presidente da Abap Nacional, concedeu a palavra a José Galló, Presidente das Lojas Renner para comandar a palestra “Como transformar uma marca regional em uma marca nacional”. Galló falou da estratégia adotada pela Renner para ampliar o número de lojas de 8 para 110 através de um estudo realizado com seu público consumidor e que envolveu disposição das mercadorias nas lojas, cumplicidade com seu target e reconhecimento da marca. Thomaz Naves, diretor executivo da Rede Record do Rio, também participou do painel apontando o crescimento nacional da emissora e reforçando a importância da parceria agência, cliente, veículo.
Ainda no dia 08, para encerrar as atividades, aconteceu um jantar com a entrega do Prêmio Abap aos ícones comunicadores: João Roberto Marinho, Ruy Mesquita e Roberto Civita.
Dando início às atividades do dia 9, o sócio diretor da Talent, Antônio Lino Pinto, falou de “Governança de agência. Antes de tudo uma empresa.”
Afirmou que o processo produtivo das agências é o mesmo há 40 anos e que precisa ser revisto e completou dizendo:. “Temos um grande compromisso com a entrega e muito pouco com a inovação da gestão. Também há a necessidade de se investir no nosso negócio, não só em prospecção e propaganda como no aumento do quadro de funcionários.
João Augusto Valente (Guga), do Grupo ABC de Comunicação, disse que o publicitário tem que assumir o papel de gestor. “Uma empresa bem administrada gera benefícios em toda sua cadeia de negócios”.
Cyd Alvarez, Presidente do Grupo NBS Comunicação, disse que “continuamos perdendo valor” enquanto Danton Pastore, mediador desse painel, disse que em 30 anos de profissão nunca tinha discutido a gestão da publicidade em painéis.
Luiz Lara apresentou também um balanço do IV Congresso Brasileiro de Propaganda e deu seguimento com um painel sobre “Como criar valor para os clientes que resulte em rentabilidade para as agências” que reuniu João Cox, da Claro; Julio Ribeiro, da Talent; Alexandre Gama, da Neogama/BBH e Fábio Fernandes, da F/Nazca. Veja os melhores momentos:
“Uma agência não pode ser um acessório, um fornecedor, uma executadora de banalidades em forma de publicidade, sob pena de ser percebida como uma mera geradora de custos e soluções comoditizadas. Precisamos nos especializar cada vez mais”, disse Fabio Fernandes, da F/Nazca.
Já Alexandrea Gama, da Neogama/BBH, afirmou que “a defesa dos nossos interesses e do nosso modelo de negócio tem que estar em nossas mãos e cada vez mais está, porque buscamos entender mais sobre o mercado em que atuam os clientes e dar soluções fortes e novas”.
Nelson Marangoni, CEO do IBOPE Inteligência, apresentou o estudo “como o brasileiro percebe e avalia a propaganda”, que aborda questões como: a evolução da propaganda, reconhecimento do papel do publicitário, relação com o público infantil, percepção sobre a publicidade eleitoral, entre outros e, destacando que a população do País reconhece o papel da propaganda na sociedade e que é vista como uma influência positiva e julgada relevante.
No painel, “O futuro da comunicação e das agências de publicidade”, com Marcello Serpa, da Almap/BBDO; Octávil Florisbal, da Globo; Jairo Leal, da Editora Abril e João Batista Ciaco Neto, da Fiat e Presidente da ABA, foi discutido a durabilidade das empresas, a expansão dos mercados regionais, necessidade de um planejamento integrado de comunicação, entre outros assuntos pertinentes à temática.
O evento foi encerrado com a leitura da Carta do Rio de Janeiro.
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