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domingo, 12 de dezembro de 2010

Campanhas causam polêmica na cidade

Não será veiculada em Salvador a campanha da Atea - Associação Brasileira de Ateus e Agnóstico, prevista para começar no último dia 10 e com investimento de R$ 10 mil. A Fast Mídia, empresa responsável pela veiculação de anúncios nos ônibus da capital baiana, recusou-se a exibir as peças.
Segundo a empresa de mídia, a campanha que traz dúvidas sobre a existência de Deus não poderia ser veiculada por infligir o Decreto Municipal 12.642/2000 que proíbe a exibição de anúncios em qualquer meio que favoreça ou estimule ofensa ou discrimanação racial, sexual, social ou religiosa.
Em nota publicada no site da Atea, a entidade diz que: "nossos objetivos são conseguir um espaço na sociedade que seja proporcional aos nossos números, diminuindo o enorme preconceito que existe contra os ateus, e caminhar rumo à igualdade plena entre ateus e teístas, que só existe quando o estado é verdadeiramente laico - o que está longe, muito longe de acontecer."
A Atea continua pedindo doações para a campanha em seu site e diz que entrará na justiça para que o contrato assinado com a Fast Mídia seja cumprido e os 5 ônibus previstos para Salvador possam circular com a campanha.
Com mensagens como: "religião não define caráter" e "a fé não dá respostas. Ela impede perguntas". A campanha criada pela mineira Eleffante iria começar bem no momento em que o Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública contra o jornalista José Luiz Datena pedindo retratação por suas afirmações ofensivas contra ateus.
Recentemente, a Prefeitura de Salvador e a Sucom (Superintendência de Controle e Ordenamento do uso do Solo), censuraram 10 placas de outdoor na capital baiana, que divulgavam a música de trabalho do cantor Tomate por ter como título "eu te amo, porra!". Além de retirar o termo "porra" das placas, a Ponto Publicidade foi autuada com multa, cujo valor não foi revelado. O cantor aproveitou e substituiu as placas por outras em que aparece com esparadrapo tapando a sua boca.

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