Jornalista e empresário, mas poderia ser historiador e
publicitário. Escritor, promotor de eventos, palestrante... Nelson Varón Cadena,
é ainda colunista da Revista Propaganda e do jornal Correio, colaborador do
Portal Imprensa e da Revista Imprensa e colecionador de jornais e revistas e
diretor da ABC Mídia. Inquieto e cheio de coisas para fazer...sim, ele parou e
respondeu a algumas perguntinhas sobre como tudo começou. Confira!
Tabuleiro
Publicitário: O que tez sair de Bogotá para aventurar uma vida no Brasil?
Nelson Cadena: Aventura
mesmo, no sentido de encarar uma nova forma de vida. Mas no fundo, no fundo, era
destino.
TP: O movimento
hippie pregava o não consumismo e você, acabou por se tornar um grande apreciador
da propaganda. Como aconteceu essa "migração"?
NC: Aconteceu aos
poucos, foi uma circunstância da vida, um aprendizado no sentido de que, como
diz o ditado, nunca se deve dizer “desta água não beberei”. Me incorporei de
novo à sociedade de consumo, mas o legado da renúncia permanece muito vivo na
minha forma de encarar a vida.
TP: Você hoje é
referência quando o assunto é história da propaganda. Como começou a sua coleção
e qual o tamanho do seu acervo?
NC: Nem sei mais
o tamanho do meu acervo. Perdi muita coisa para o mofo, as traças, os cupins e
para falar verdade meio que deixei de lado.
TP: Sabemos que você
já pensou sobre uma "Casa da Propaganda", uma espécie de museu. O que
impossibilita a realização desse projeto?
NC: A ideia não
está morta. Nunca esteve. Ainda vou realizar. É um compromisso comigo mesmo.
Está na minha lista de prioridades que incluiu a publicação de alguns livros também.
TP: Qual papel você
desenvolve à frente da Abracomp na Bahia?
NC: Sou o
organizador do Prêmio Colunistas Regional Norte e Nordeste.
TP: O Prêmio
Colunistas traz todos os anos algumas novidades. A Feira da Propaganda, novas categorias...
o que podemos esperar para as próximas edições?
NC: Na edição de
2015 não haverá grandes novidades. A grande mudança já ocorreu o ano passado
quando se adotou o modelo de categorias de Cannes e também o da escolha de Agência
do ano pelo critério de maior pontuação.
TP: Qual a sua maior
crítica à propaganda baiana hoje?
NC: A falta de
perspectivas do ponto de vista de negócios, é um mercado empobrecido com clientes
que buscam resultados imediatos e não estão nem aí para construir uma
referência de marca. Um mercado cada vez mais estreito, com remuneração muito
baixa e nenhum estímulo aos profissionais. É como uma roda gigante de Parque de
Diversões: dá voltas e não sai do lugar.
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