segunda-feira, 27 de abril de 2015

De hippie à consumista? Nelson Cadena fala sobre as suas vivências em entrevista exclusiva

Jornalista e empresário, mas poderia ser historiador e publicitário. Escritor, promotor de eventos, palestrante... Nelson Varón Cadena, é ainda colunista da Revista Propaganda e do jornal Correio, colaborador do Portal Imprensa e da Revista Imprensa e colecionador de jornais e revistas e diretor da ABC Mídia. Inquieto e cheio de coisas para fazer...sim, ele parou e respondeu a algumas perguntinhas sobre como tudo começou. Confira!

Tabuleiro Publicitário: O que tez sair de Bogotá para aventurar uma vida no Brasil?
Nelson Cadena: Aventura mesmo, no sentido de encarar uma nova forma de vida. Mas no fundo, no fundo, era destino.

TP: O movimento hippie pregava o não consumismo e você, acabou por se tornar um grande apreciador da propaganda. Como aconteceu essa "migração"?
NC: Aconteceu aos poucos, foi uma circunstância da vida, um aprendizado no sentido de que, como diz o ditado, nunca se deve dizer “desta água não beberei”. Me incorporei de novo à sociedade de consumo, mas o legado da renúncia permanece muito vivo na minha forma de encarar a vida.

TP: Você hoje é referência quando o assunto é história da propaganda. Como começou a sua coleção e qual o tamanho do seu acervo?
NC: Nem sei mais o tamanho do meu acervo. Perdi muita coisa para o mofo, as traças, os cupins e para falar verdade meio que deixei de lado.

TP: Sabemos que você já pensou sobre uma "Casa da Propaganda", uma espécie de museu. O que impossibilita a realização desse projeto?
NC: A ideia não está morta. Nunca esteve. Ainda vou realizar. É um compromisso comigo mesmo. Está na minha lista de prioridades que incluiu a publicação de alguns livros também.

TP: Qual papel você desenvolve à frente da Abracomp na Bahia?
NC: Sou o organizador do Prêmio Colunistas Regional Norte e Nordeste.

TP: O Prêmio Colunistas traz todos os anos algumas novidades. A Feira da Propaganda, novas categorias... o que podemos esperar para as próximas edições?
NC: Na edição de 2015 não haverá grandes novidades. A grande mudança já ocorreu o ano passado quando se adotou o modelo de categorias de Cannes e também o da escolha de Agência do ano pelo critério de maior pontuação.

TP: Qual a sua maior crítica à propaganda baiana hoje?
NC: A falta de perspectivas do ponto de vista de negócios, é um mercado empobrecido com clientes que buscam resultados imediatos e não estão nem aí para construir uma referência de marca. Um mercado cada vez mais estreito, com remuneração muito baixa e nenhum estímulo aos profissionais. É como uma roda gigante de Parque de Diversões: dá voltas e não sai do lugar.

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